Buracos aumentam perigo em estrada de Sertãozinho
quinta-feira, 20 de outubro de 2011As chuvas dos últimos dias pioraram a situação dos buracos da rodovia Maurílio Biagi, no trecho que liga a cidade Sertãozinho a Pontal. Conhecida pelos moradores da região como “pista da morte”, a estrada não tem acostamento, é de pista simples e passou a contar com um número de defeitos no asfalto.
De acordo com dados da Polícia Rodoviária de Ribeirão Preto, apenas neste ano já ocorreram 21 acidentes no trecho, com quatro mortes. Em 2010 foram 33 colisões, com o mesmo número de óbitos.
A empresa que presta os serviços na rodovia, contratada pelo governo do Estado, já começou a tapar os buracos. Porém, o prefeito de Pontal, Antônio Frederico Venturelli Júnior (PSD), diz que a operação não resolve o problema. “O asfalto é antigo demais, tem cerca de 50 anos, e o material usado para tapar os buracos não lacra mais”, diz.
A rodovia tem trânsito intenso e pesado. Caminhões das sete usinas da região passam pelo trecho constantemente, além de a estrada servir como rota de fuga dos pedágios de Sertãozinho e de Orlândia.
Há pelo menos dez anos os prefeitos de Pontal e de Sertãozinho tentam recursos com o Estado para a duplicação da rodovia e recapeamento total da via já existente. A obra foi orçada em R$ 22 milhões para os 9 km.
Venturelli conta que ele e o prefeito de Sertãozinho, Nério Costa (PPS), estiveram por várias vezes com o secretário de Transportes do Estado e entregaram ofício em mãos ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).
“Tenho informações de que o projeto no Executivo já está pronto, falta boa vontade do Governo do Estado. Outras rodovias com menos fluxo de veículos, como a Cândido Portinari, já foram duplicadas e aqui até agora nada”, afirma Venturelli.
Protesto
Em agosto deste ano, integrantes da União Nacional por Moradia Popular (UNMP) de Sertãozinho fizeram uma manifestação, que fechou a rodovia com pneus incendiados.
A reinvindicação era não apenas pela duplicação, mas ao menos pela instalação de alguns redutores de velocidade.
De acordo com o líder do movimento, Luís Carlos Garcia, até o momento nada foi feito e já existe uma data marcada para um novo protesto, desta vez na capital paulista.
“Vamos em três ônibus para São Paulo, com cerca de 150 pessoas, para protestar em frente ao Palácio dos Bandeirantes”, diz Garcia. O grupo pretende tentar entregar uma carta com o pedido das obras na rodovia diretamente nas mãos de Alckmin.
Fonte: Jornal A Cidade