Chega ao fim greve do Instituto Federal em Sertãozinho
quinta-feira, 27 de outubro de 2011A greve dos professores do Instituto Federal chega ao fim em guia de Sertãozinho e as atividades serão retomadas normalmente nesta quinta-feira (27). O campus da cidade ficou cerca de dois meses e meio em greve, que teve início no Brasil inteiro há três meses.
A greve foi suspensa em assembleia nacional no último sábado em Brasília, depois que o Ministério Público de São Paulo intercedeu, pedindo a suspensão da greve, para assim reitorias e sindicato caminharam com os acordos.
Em Sertãozinho, a partir desta quinta serão discutidas entre diretoria, alunos e professores a reposição das aulas perdidas e estabelecido o calendário.
“Vamos buscar a melhor solução para os alunos e vamos priorizar os de último ano que precisam do diploma para matrículas nas faculdades”, diz o diretor do campus Lacyr João Sverzut.
Alguns professores que participaram da greve estiveram ainda nesta quarta-feira (26) em assembleia com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef) na cidade de Cubatão, a fim de fazer as deliberações do término da greve.
Segundo o professor Weslei Cândido, poucas das solicitações foram atendidas, mas ele e os colegas de trabalho resolveram voltar para não prejudicar mais os alunos e também porque o ponto foi cortado durante o período de paralização, inclusive de professores em estágio probatório.
“Foi firmado o acordo para 15h de atividade docente, o que equivalem a 20 aulas na semana, respeitas o mínimo de disciplinas ministradas pelos professores e também os níveis de ensino. Porém, até agora o acordo não foi cumprido”, fala Cândido.
Foi prometida ainda a discussão do plano de carreira, docente e técnico, e também das reposições salariais. O acordo de aumento no salário foi fechado a 4%, enquanto o pedido era de 14,67%.
A estudante do segundo ano do técnico em Química, integrado ao ensino médio, Marina Urizzi, 17 anos, diz que sente alívio e pressão ao mesmo tempo.
“Neste tempo de greve, a minha turma perdeu mais de 100 aulas. Agora estamos aliviados por acabar a greve, mas por outro lado, a pressão da reposição assusta”, fala Marina.
Fonte: Jornal A Cidade
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