Vendedores de uma empresa de purificadores de água estão tentando aplicar um golpe na população de Sertãozinho. A denúncia foi encaminhada ao Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho (Saemas), por um morador do bairro Jardim Santa Lúcia.

O denunciante conta que duas mulheres bateram à porta da casa dele na última semana dizendo que haviam recebido várias reclamações sobre a qualidade da água na cidade.

“Elas me pediram um copo de água da torneira e jogaram um reagente. Na hora a água passou de transparente para amarela”, conta o morador, que pediu para não ser identificado. Apesar da mudança na cor da água, o morador não quis o purificador. “Eu não comprei porque sempre ouvi falar da boa qualidade da água em Sertãozinho e resolvi denunciar.”

Água de boa qualidade

O químico responsável pelo tratamento e controle de qualidade da água do Saemas, Leandro Espinoza, explica que a população não precisa se preocupar, e muito menos comprar purificadores por isso.

“A água de Sertãozinho é 100% tratada e desinfectada com cloro e flúor conforme exigências do Ministério da Saúde.”

De acordo com o químico, o golpe usado pelos vendedores é conhecido. “O reagente utilizado pelos vendedores é orto-tolidina. Ele detecta a presença do Cloro na água, deixando o líquido amarelo e aí eles aproveitam para dizer que é contaminação”, diz Espinoza.

Empresa se defende

Os purificadores vendidos pelos golpistas são da empresa Vita Plus, que tem sede em Bauru. A reportagem entrou em contato com a empresa, que alegou desconhecer a realização de testes pelos vendedores.

“Nós não sabemos de nenhum vendedor que faça este teste, que inclusive é proibido. Se descobrirmos quem são tomaremos providências internas”, fala o gerente comercial da Vita Plus, Magno Demetrius.

De acordo com o Saemas, não é a primeira vez que este tipo de “tática” é aplicada em Sertãozinho. “No ano passado uma outra empresa de purificadores aplicou o mesmo golpe. Mas, diferente de agora, daquela vez conseguimos encontrar os vendedores e registramos boletim de ocorrência”, conta Espinoza.

Fonte: Jornal A Cidade