Com as entregas das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) atrasadas, as prefeituras de Sertãozinho e Jaboticabal, na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), enfrentam outro impasse: a falta de verba para equipar essas unidades.

 Em Sertãozinho, de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, são necessários R$ 2 milhões para a compra de equipamentos –verba que a administração afirma não ter.

 As obras da unidade, num custo total de R$ 3,6 milhões, começaram em julho de 2010, e o prazo de entrega previsto era para meados de 2011.

 No entanto, novo prazo foi aditado por causa da lentidão no repasse do Ministério da Saúde, segundo o secretário de Planejamento, Alberto Domingues Canovas.

 “Agora, precisamos de mais R$ 2 milhões porque nossa UPA é complexa. Enquanto não temos esse dinheiro, não é possível dizer quando será inaugurada.”

 Conforme ele, o montante é necessário porque a UPA engloba o Programa Saúde da Família e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e pretende ampliar para 18 os atuais seis leitos existentes na cidade.

 Segundo a prefeitura de Sertãzinho, o prefeito Nério Costa (PPS) busca a verba no Ministério da Saúde e as obras devem ser finalizadas em 90 dias.

 Já na cidade de Jaboticabal, o valor necessário para a compra de equipamentos é de R$ 700 mil, de acordo com a secretária da Saúde, Sônia Mara Neves Ferri.

 O recurso está sendo pleiteado pela administração no governo do Estado, diz ela.

 “A questão não é prever [o valor] no orçamento. A secretaria vive com a corda no pescoço, porque tem hora que o dinheiro acaba”, afirma.

 Segundo ela, com processos judiciais, como a compra de medicamentos, a pasta teve de arcar com R$ 1,3 milhão no ano passado.

 Inicialmente previsto para fevereiro, o prazo foi aditado pela prefeitura para setembro porque a administração ficou sem o repasse federal por oito meses, de acordo com o secretário de Obras e Serviços Públicos da cidade, Guilherme Brusadin.

Fonte: Jornal Floripa