A forte chuva de terça-feira (10) causou problemas na cidade de Sertãozinho. O Córrego Sul subiu e alagou parte da Avenida Antônio Paschoal. Enquanto isso, o projeto de obra antienchente, anunciado em agosto do ano passado, continua apenas no papel. O trecho mais prejudicado é entre as ruas Olidair Ambrósio e Dr. Antônio Furlan Júnior.

A comerciante Veridiana Carla de Araújo é proprietária de uma loja de acessórios automotivos e teve de retirar água da loja devido à enchente. “Não tive prejuízos, mas todo ano tenho. Já perdi muitas peças e tive gastos com carros de clientes que estavam estacionados aqui dentro quando a água invadiu”, fala Veridiana.

Em agosto de 2011, quando o município recebeu o repasse de R$ 81,8 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2), foi anunciada a obra. Destes, R$ 81,2 milhões são destinados à obra, que vai contar com mais R$ 2,3 milhões de verba municipal.

Na época, o secretário de Planejamento, Alberto Domingues Canovas, disse que em 2010 o projeto já havia sido pré-aprovado em Brasília e que dentro de quatro meses o município teria as liberações ambientais que faltavam e a licitação da obra, que deve durar 18 meses.

Canovas não atendeu às ligações e não foi encontrado pela reportagem para esclarecer sobre o andamento do projeto, que prevê a canalização dos 4 km do Córrego Sul. Também são previstos o alargamento do canal e a criação de um reservatório. O alargamento vai uniformizar a profundidade do córrego.

Para o funcionário de uma garagem de automóveis, também na avenida, Sérgio Teodoro Souza, a obra é a única solução. “Se entra água no motor dos carros o prejuízo é imenso”.

Funcionou

Em Ribeirão Preto, apesar das chuvas, as obras antienchentes funcionaram e ainda não houve enchentes na região da Baixada.

Fonte: Jornal A Cidade