A Prefeitura de Sertãozinho anunciou na última terça-feira (18) que um decreto municipal determinará a redução de 4% na tarifa do transporte coletivo na cidade.

Com a medida, a passagem do transporte na cidade de Sertãozinho passará dos atuais R$ 2,70 para R$ 2,60.

O decreto, assinado pelo prefeito Zezinho Gimenez (PSDB), determina que a nova tarifa entre em vigor a partir desta quinta-feira (20).

Segundo a assessoria de imprensa da administração, o desconto de R$ 0,10 foi concedido por causa da suspensão da cobrança de impostos federais (desoneração da PIS/Cofins) das empresas que prestam serviços de transporte público no país.

A administração informou que o repasse do desconto aos usuários foi definido pelo próprio prefeito –a empresa concessionária que presta o serviço de transporte no município havia proposto uma readequação da tarifa e queria um aumento de R$ 0,20.

“A Sertran [Sertãozinho Transporte Coletivo] queria aumentar a passagem para R$ 2,90, mas, já que houve uma redução nos custos operacionais, achamos coerente beneficiar os usuários, diminuindo o preço atual da passagem”, diz o prefeito, por meio de nota.

A concessionária afirma que não concorda com a decisão, tomada unilateralmente, da redução na tarifa.

“Há uma semana, a companhia apresentou à prefeitura planilha de custo comprovando que o valor atual [R$ 2,70] da tarifa não viabilizava a operação”, cita comunicado da empresa.

A Sertran diz também que pediu uma reunião com o prefeito para discutir o contrato de transporte urbano de Sertãozinho.

“A redução de R$ 0,10 na passagem torna a operação insustentável, já que dos 6.700 passageiros transportados por dia, cerca de 2.000 não pagam passagem. Além disso, houve reajuste de 9% nos salários, 6% no combustível, 6% no preço dos pneus e o acumulado da inflação após o último reajuste da tarifa soma mais de 6%”, argumenta a empresa.

Justifica ainda que, mesmo com a redução da PIS/Cofins, a empresa não suporta os valores atuais, informando que trocou parte da frota e ampliou o horário dos ônibus para atender reivindicações da população.

Fonte: Folha de S. Paulo