Vicinal que liga Dumont a Sertãozinho coloca motoristas em risco
terça-feira, 15 de maio de 2012A vicinal que liga as cidades de Sertãozinho e Dumont tem sido motivo de preocupação para os motoristas que passam pelo local. A responsabilidade da via fica por conta dos dois municípios, sendo que até um pedágio existe na entrada de Dumont. Porém, em alguns lugares, as margens da vicinal têm crateras, problemas no asfalto e também em placas de sinalização.
Em vários pontos, o espaço lateral é insuficiente para um carro estacionar se tiver algum problema mecânico, por exemplo. Além de ser composta de pedras grandes, as margens da vicinal, em alguns casos, não podem ser utilizadas por conta do mato e também de plantações de cana-de-açúcar. Em alguns trechos, até a pista é invadida pelo mato alto.
Perigo iminente
O espaço lateral à vicinal ainda apresenta crateras que assustam. Os buracos foram feitos para conter a água da chuva, mas o risco de acidente só aumentou. Se um motorista precisar desviar bruscamente e usar a área, é impossível o controle do veículo. Nesses espaços, cabe até um caminhão.
Pela vicinal Guido Lorenzato, nome dado ao trecho de Dumont [o trecho de Sertãozinho chama-se Albano Baccega], ainda existem placas de sinalização danificadas, encobertas por cana-de-açúcar e até pregadas de ponta-cabeça, como uma que indica ultrapassagem proibida. No trecho também são encontrados entulhos.
Segundo a Prefeitura de Dumont, o problema nas placas ocorre por conta da ação de vândalos e uma equipe vai ao local nesta semana.
Motoristas reclamam
O ex-jogador de futebol José Eugênio de Almeida utiliza a pista todo fim de semana para ir a Sertãozinho. Para ele, uma terceira faixa seria ideal para maior segurança no local, mas acredita que ao menos o acostamento já pode diminuir o perigo da estrada.
“É muito perigoso, conheço muitas pessoas que já se acidentaram. Precisa de um acostamento urgente”, diz Almeida. Luiz Carlos Xavier é motorista em Dumont. Ele passa pela estrada quase diariamente e considera as valas de contenção de água o maior perigo.
“Elas [valas] podem ser necessárias, mas ficam muito perto da pista, que não tem acostamento. Em um acidente qualquer, um carro pode acabar caindo em um daqueles buracos”, fala Xavier. O autônomo Leonardo Gutierrez, de 18 anos, também engrossa o coro. “Ela [vicinal] devia, no mínimo, ter acostamento”, afirma.
Prefeituras prometem melhorias
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Sertãozinho informou que a Secretaria de Obras vai encaminhar uma equipe para averiguar o local e, se necessário, vai realizar serviços de recuperação da vicinal.
Já a Prefeitura de Dumont informou que foi iniciado recentemente programa de recuperação dos acostamentos com colocação de material e compactação. Além disso, a prefeitua diz que a limpeza das valas de contenção de águas pluviais ocorrerá com maior frequência após o término do período de chuvas. Existe também projeto de delimitar o acostamento para efeito de plantio de cana.
Dumont tem pedágio municipal
Dumont tem um pedágio municipal na entrada da cidade. É cobrada taxa de R$ 2,50 e a verba é destinada ao orçamento municipal. Os moradores de Dumont são isentos do pedágio, mas quem passa pela estrada e precisa pagar espera por melhorias.
Leonardo Gutierrez, 18 anos, é autônomo e mora em Pradópolis. Uma vez por semana o jovem precisa passar pela vicinal. “A estrada é muito perigosa. Perdi um amigo que morreu por causa de um acidente de moto na pista.”, fala Gutierrez.
A prefeitura disse por nota que os recursos advindos do pedágio não são suficientes para a manutenção da pista e que mal cobrem os custos de operacionalização, pois foi criado com o intuito de inibir o trânsito de veículos pesados no perímetro urbano.
Fonte: Jornal A Cidade